E eu conversando com a Lu enquanto ela editava mais um capítulo de sua história e lá pelas tantas ela me manda um "bietin" assim:

"não sei, eu ando precisando demais de solidão. Estar sozinha é um desafio porque me sinto num barco navegando em águas geladas e no leme há comandantes demais e nenhum deles sou eu. Ando me especializando na textura dos lençóis de minha alma que me levam de encontro a infância onde cabanas me isolavam do resto do mundo. Hoje eu compro tudo em pares: dois pães, duas calças, duas camisetas, duas garrafas de água e tudo que eu queria era na verdade só pensar em mim, esse objeto recheado por diferentes sensações!"


Eu já estava boquiaberta a essa altura e ela me vira e diz: "isso tudo ai não sou eu, viu? É só um personagem"... Aqui eu parei, fiquei muda, perplexa, abandonei tudo e fui ler o novo capítulo da novela que ela esta escrevendo e fiquei pasma com a perfeição que ela alcançou. Gente, é sério. Senti tudo. Absolutamente tudo...
Então fui eu lá para o Teorias e ela saiu dizendo que sua memória é uma praça. Perfeita a definição e por fim fui lá ler o poema que ela "construiu" com a Suzana (que dia desses esteve aqui nesse bloguinho, que chique e eu que achei que não iria ter visitantes aqui).
O poema fechou com chave de ouro viu? E eu fico me perguntando como é possível? Sério, levo dias para organizar meus pensamentos e eles (escritores) levam segundos para fazer tudo isso e deixar a gente sem fôlego e com a certeza de que alguém nos entende.


Comments (1)

On 7 de mai. de 2010, 05:37:00 , Francys Oliva disse...

kkkk. ah! Descobri a sua casa(rs) Gostei.
Agora pretendo vir mais vezes... Ah, é claro se você permitir.Um abraço em sua alma.