Sempre que leio Alberto Caieiro, fico com a sensação de que um dia na vida eu desejei ser poeta, rabisquei aqueles versinhos bobos que todo mundo rabisca. Algo mais ou menos assim: rima a primeira com a terceira, a segunda com a quarta e já se acha poeta ou no mínimo um trovador...

Credo, ainda bem que eu joguei tudo fora.
Isso é coisa para o Caeiro (entenda-se: Fernando Pessoa).

Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é”
Alberto Caieiro in Poemas Completos de Alberto Caieiro .



Cheguei em casa cedo ontem porque está tudo em ritmo lento e será assim até o carnaval, pelo menos pra mim. Não gosto de carnaval.
Gente, não era nada disso que eu queria escrever, mas eu sou assim mesmo, dou voltas e voltas para chegar onde eu quero. E quando saio de casa é ainda pior: nunca faço o mesmo caminho. Não se preocupem. Eu não tenho mania de perseguição. Tenho muitas manias: coleciono tênis, adoro os vermelhos, gosto mais ainda dos azuis...
Tenho trinta e poucos anos e penei pra caramba pra falar de mim ali ao lado...
Não sigo blogs, sou alheia a isso tudo ainda. Não tenho namorado e hoje eu estou dando graças aos Deuses por isso. Dá muito trabalho: gente, homem é que nem criança. Fala sério...

Morei com um cara durante anos e um dia ele chegou e disse "tchau" e foi embora. Foi assim. Claro, ele deixou uma puta bagunça pra trás e eu é que tive que arrumar tudo. Fiquei muito revoltada e resolvi dar um tempo nessa coisa de relacionamento. Dias depois encontrei um cão e trouxe-o pra casa, meu amigão... Sou feliz com ele e acho que ele é feliz comigo: cara, ele dorme quase o dia inteiro. Uma loucura.

Ontem eu sentei aqui e digitei no Google "blogs interessantes" e descobri que existem milhares de blogs no mundo todo e sinceramente não sei se blog é um diário, uma revista eletrônica. Não sei, mas aqui estou. Pronto e vamos que vamos.
Já viu que eu dou voltas mesmo não é?
E daí, ninguém vai ler mesmo! Fui...